A poesia está solta
As palavras estão a voar
O vento está a me levar
Isto é o vendaval do amor
Estou sendo levada para os seus braços
Mas eis que surge o perigo
O medo de ter medo
De amar o amor
E o pior é que eu não consigo
Fingir que não ligo
Fui levada assim como uma flor
Que é arrancada da terra
Levada para algum novo amor
Mas um dia murcha, morre
Podiam apreciá-la apenas
E ela ainda estaria lá para todos os amores
Mas alguém a queria só para si
O vento podia apenas me sacudir
Mas fui levada pelo vendaval do amor
Assim como uma bela flor
quarta-feira, 31 de agosto de 2011
quinta-feira, 4 de agosto de 2011
O som da cidade
Eu ouço o som do coração
Algo que vem lá de longe
A voz que vem de dentro
A canção que se esconde
Está onde eu não me lembro
A música, a melodia
O som do dia a dia
Vem me alcançando
São timbres imortais
São anjos dançando
O barulho que vem como praga
Fez eu segui-lo até me encontrar
A música nunca para
A escuto na madrugada
É o som que me faz sangrar
Eu sou aquele que desapareceu
Sou o poeta contrariado
Cantando sobre os ossos de quem faleceu
Choro por não ser escutado
Choro pelo rítmo que Deus não me deu
E mesmo aos prantos
Sei que tenho meus instrumentos
Os sons que vão se encaixando
Os barulhos desta cidade em movimento
É simplismente o que ouço caminhando
Não preciso dos sentidos feitos de escudo
Já é tarde e faz frio
E não sei viver entre os muros
Entre eles estão os tons mais sombrios
É lá onde meus versos permanecem mudos
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