quinta-feira, 4 de agosto de 2011
O som da cidade
Eu ouço o som do coração
Algo que vem lá de longe
A voz que vem de dentro
A canção que se esconde
Está onde eu não me lembro
A música, a melodia
O som do dia a dia
Vem me alcançando
São timbres imortais
São anjos dançando
O barulho que vem como praga
Fez eu segui-lo até me encontrar
A música nunca para
A escuto na madrugada
É o som que me faz sangrar
Eu sou aquele que desapareceu
Sou o poeta contrariado
Cantando sobre os ossos de quem faleceu
Choro por não ser escutado
Choro pelo rítmo que Deus não me deu
E mesmo aos prantos
Sei que tenho meus instrumentos
Os sons que vão se encaixando
Os barulhos desta cidade em movimento
É simplismente o que ouço caminhando
Não preciso dos sentidos feitos de escudo
Já é tarde e faz frio
E não sei viver entre os muros
Entre eles estão os tons mais sombrios
É lá onde meus versos permanecem mudos
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